Processo de Humanização e Individuação do Professor pela Arte
Humano vem da palavra Humanus,
derivado do latim, “homem” de húmus, terra, ser terrestre. “Ser Humano” é
pertencer, ter relação com o lugar, com o grupo, sentir parte. Para se sentir
parte do todo, o individuo precisa ser reconhecido primeiramente como ser
único, na teoria Analítica Junguiana, esse processo é chamado de Individuação.
Dentro do cotidiano, da rotina
escolar, do pouco tempo, a vida moderna e contemporânea trouxe para o ser
humano, principalmente para os professores uma massificação. Perdeu-se o
contato com a sua história, perdeu-se o sentido que ele tem, não é compreendido
como um ser humano holístico, dotado de corpo, mente emoção, espírito. Como pode ser assim um agente de cultura? Se
não é reconhecido como um ser pleno, se nem é mesmo consciente de Si mesmo.
Para tolerar a pluralidade
cultural, os opostos, o Professor precisa se conhecer, precisa de um espaço
para poder se expressar, colocar suas particularidades, ver sua história, ser auto
reflexivo. Para Jung, o processo de Individuação se da dentro do coletivo, onde
ele pode ser Ele mesmo, vivendo sua própria individualidade.
A Arte por ser uma expressão
singular, expressão dotada de sonhos, história, luz e sombra ela é uma
ferramenta de individualização. Nos grupos arteterapeuticos, é possível que
haja a troca, a percepção do seu Ser e ao mesmo tempo da diversidade em que se
encontra. Promovendo o encontro do
“Pensar” e “Sentir” pessoal ao “Sentir” e “Pensar” de um grupo, de cada
particularidade cria uma roda de pertencimento, ou seja, de humanização.
Humanizar é o contrário de
“coisificar”, de deixar de ser um número para ser alguém com nome, história,
desejos, sonhos, tristeza, alegrias, mágoas, dores. Alguém pleno de sentido. É
olhar o outro como único. E quando alguém se sente humanizado, a promoção de
respeito pelo outro e pelo meio que vive é consequência, sentimos uma gota
pertente ao oceano.
Aline Barcelos - Arteterapeuta
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