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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Despertando Sentidos - Arteterapia



despertando sentidos1



Os cinco sentidos e nossa intuição são orientadores no nosso relacionamento com o mundo. O processo é natural, o tempo todo estamos recebendo estímulos sensoriais, devido a falta de consciência muitos deles passam despercebidos.

Se parar agora, respirar e colocar sua mente presente, sem pensamentos futuros, sem recordações passadas podemos perceber o nosso corpo. Os nossos batimentos cardíacos pulsando na pele, nos tateando, e nessa calma escutamos o som do nosso coração. O ar que respiramos enchendo e esvaziando nosso ventre são passos que não passam imperceptíveis se você tomar posse dos seus sentidos.

Sabores e tons são oferecidos para nós a cada instante. A vida e a presença para esse corpo tão “morto” na rotina diária pode ser despertado para esses estímulos. Quando fazemos arte, o silêncio e contemplação acorda, cores, texturas, aromas. Passamos não a olhar mas a sentir tudo com muito mais significado.

2 sextas feiras por mês

30 de maio -  19h30 as 22h30

13 de junho -  19h30 as 22h30

27 de junho -  19h30 as 22h30

12 de julho-  19h30 as 22h30

26 de julho -  19h30 as 22h30

9 de agosto -  19h30 as 22h30

23 de agosto -  19h30 as 22h30



Investimento = 230 por mês

Inscrições e Informações pelo link: http://www.alinebarcelos.com.br/cursos-e-vivencias/





Meu tempo, Meus Ciclos, Minhas Luas



 "as forças da vida-morte-vida fazem parte da nossa própria natureza, como uma autoridade interna que sabe os passos, que conhece a dança da vida e da morte. Ela é composta pelas partes de nós mesmas que sabem quando algo pode e deve nascer e quando ele deve morrer. Trata-se de um mestre profundo, se ao menos aprendermos seu ritmo" - Clarissa Pinkola Estés
O tempo da natureza é sábio, a mulher é sábia, mas com a rotina não é consciente do tempo interno. Uma mulher sábia sabe usar o seu tempo, o seu ciclo menstrual a seu favor, conectar com suas fases lunares. Conhecer seus ciclos é respeitar – te e viver em plenitude.

Público Alvo: Todas as mulheres que buscam encontrar seu tempo, sua natureza.
 Dias:

 22/05 – Abertura - 20h às 22h30
 29/05 – Lua Nova – Morrendo para nascer  20h às 22h30
 05/06 – Lua Crescente – Ideias, fonte de projetos semeando - 20h às 22h30
 12/06 – Lua Cheia – Inteira para mim, fazendo e realizando - 20h às 22h30
 19/05 - Lua Minguante – Sombras, deixe te olhar - 20h às 22h30
 26/05 – Fechamento Lua Nova – Olhando para o todo, garimpando a si mesma. - 20h às 22h30

Material artístico incluso.   Investimento: 350,00 podendo ser parcelado pelo pagseguro.

Mais informações, clique aqui
---> Aline Barcelos - Arte de Ser




Grupo Arteterapêutico para Professoras





Professoras de vida corrida, que sofre de estresse, ansiedade, depressão, pânico, Síndrome de Burnout, e tantos outros nomes que são dados para nossas angústias enfrentadas dia pós dia, com pouco tempo para olhar para si, com sonhos adormecidos e identidade tão ofuscada. Eu lhes convido para uma pausa, espaço e tempo só para ti, dentre a rotina diária deixando de lado os inúmeros afazer, e neste refúgio permitir-se espera-se que o coração diga o que pensa. Dentro do processo Arteterapeutico, poderá encontrar tua paz, tua verdade e buscar equilíbrio para a caminhada de cada dia.

Pequenos grupos serão formados, espero você por aqui no Atelier Arte de Ser.













sexta-feira, 2 de maio de 2014

CURSO -CRIANDO E ESCREVENDO: Vivenciando a experiência de transformar arte em escrita.




Para muitos a necessidade de compreender a função social da escrita como difusora de ideias passa longe. Várias vezes, o ato de escrever é um simples fato de cumprir tarefas, deveres, algo maçante. Os educandos pouco acessam seu lado criativo, pouco se expressam articuladamente e possuem um repertório imaginário empobrecido. E quando produzem, é desmotivador, por aquilo que produziram não ter significado para elas. Uma maneira fragmentada de pensar no indivíduo.
Pensando o sujeito de forma holística, de forma global, precisamos contextualizar esse indivíduo como sujeito criador, acessar a criatividade da criança, tornando-a autora da sua própria produção, passando de reprodutora para autora da sua própria escrita. Mostrando para a mesma que é ela é capaz de imaginar e criar.
         Quando ela acessa seu imaginário e produz arte e em seguida a escrita, ela expõe seu interno, aquilo que ela têm em seu Ser, desta forma ela se projeta na arte, e escrever sobre isso é maravilhoso, motivador, pois ela escreve sobre si próprio

Venha vivenciar uma experiência e decifrar o caminho para o criativo.



Objetivos:
- Vivenciar e compreender o caminho do processo criativo;

- Desenvolvimento da criatividade a partir do exercício da imaginação, da liberdade de expressão e confiança.

- Auto expressão através da arte e escrita;

 quinta-feira, 15 de maior de 2014 – 19h ‘as 22h
Atelier Arte de Ser – Av. Tucuruvi, 1006 – Tucuruvi – Ao Lado do Shopping Metrô Tucuruvi
Valor: 115,oo reais


Inscrição pelo site:
http://www.alinebarcelos.com.br/cursos-e-vivencias/




quinta-feira, 17 de abril de 2014

RESILIÊNCIA

Trechos relativos ao trabalho criativo em Os patinhos feios de Boris Cyrulnik

Estou maravilhada, já não estou mais sozinha trilhando a senha da resiliência! O trabalho de pesquisa que Cyrulnik efetua sobre populações afetadas por catástrofes é denso e pormenorizado, aprofunda e desenvolve os diferentes traços dos feridos, no tempo observando as diferentes estratégias de sobrevivência, tendo a criatividade e a criação como meios para lidar com o horror indizível. “Aliás, a sabedoria nos ensina que “criar” significa, na língua da Igreja, “fazer nascer do nada, trazer ao mundo uma criação que não existia antes!”  
Diante do nada, quais são as nossas escolhas? Ou nos deixamos fascinar, arrebatar pela vertigem do vazio até sentir a angústia da morte, ou nos debatemos e trabalhamos para preencher esse vazio. No início, sentimos a energia do desespero, uma vez que o vazio está vazio, mas, assim que aparecem as primeiras construções, é a energia da esperança que nos estimula e nos compele à criação para sempre, até o momento em que, no fim da vida, “morremos em plena felicidade por nossas infelicidades passadas” Karen Blixen analisa o mesmo processo de resiliência que Cioran: a pressão para a metamorfose que, graças à alquimia das palavras, dos atos e dos objetos, consegue transformar a lama do sofrimento em ouro da “criação, que é uma preservação temporária das garras da morte”. 
Vou me inserir aqui: As pessoas parecem ter medo das verdades que os feridos teriam a revelar que em suma falam de uma violação, um crime que deixou marcas, arrombou o corpo físico e a identidade. Os feridos e incompreendidos têm uma grande curiosidade intelectual para conhecer as razões que levam às brutalidades, tiranias, crueldades incompreesíveis e inomináveis para as crianças que eram, pois o Pacto do Silêncio acoberta os tiranos a nos usurpar todos os direitos, inclusive a integridade física e moral. A estratégia de culpabilização das vítimas e da transferência da dívida e da projeção da morte é completamente indigna, insana, demente e imoral... É ruptura de Pacto Social pois é o contrário do que se pode esperar, não há proteção à infância, estamos simplesmente expostos à perversidade construída milenarmente! Só o desejo deles conta, só a existência deles importa, de seres que se fazem de superiores aos outros para nos usurpar todos os direitos? Que vilania, contra crianças indefesas! Para os feridos, as artes, o auto-conhecimento, a psicologia, os processos de resiliência solitários em meio à depressão e solidão. E no deserto afetivo fazer nascer as cores, a beleza, a poesia das palavras encontrando formas de expressão da angústia da falta do Outro...
Voltando ao Cyrulnik: 
O despertar da criatividade necessita uma falta. “A criação do símbolo decorre da perda do objeto que antes trazia total satisfação.”
Compreende-se que o mito do duplo ou a magia do espelho possuam um efeito euforizante, à beira da angústia, pois é se havendo com a morte que se faz nascer uma imagem.
Reconhecer a perda até a morte e enfrenta-la para ressuscitar o amor perdido está no “berço da cultura humana”. E para que essa impressão passe da perda ao progresso, basta um pequeno gesto ou uma simples palavra que oriente a criança para a criatividade e faça nascer nela o maravilhamento da magia. 
A arte não é um lazer, é uma pressão para lutar contra a angústia do vazio... As crianças brutalizadas não têm escolha. O que elas conseguem transformar em hino à alegria é a cacofonia do desespero. É pela representação que elas tomam seu destino em mãos. O desenho toma forma narrativa em que a criança expressa e dirige a alguém seu mundo íntimo. O talento consiste em expor sua provação numa intriga engraçada. O talento supremo consiste em expor sua infelicidade com humor. Quando essa metamorfose da representação é possível, o acontecimento doloroso fará o mesmo caminho no teatro ou no desenho. O humor não é o escárnio da ironia nem a negação da agressão, nem mesmo a transformação de um sofrimento em prazer. É a memória do trauma, sua representação que se torna menos dolorosa quando o teatro, o desenho, a arte, o romance, o ensaio e o humor trabalham para construir um novo sentimento de si mesmo. 
Os torturados ou filhos de torturados reelaboram a imagem de si mesmos pela ação extrema e pela reflexão séria. Não pelo humor. A maioria das vezes engajam-se em ações militantes...
Quando os traumatizados não conseguem dominar a representação do trauma simbolizando-o através do desenho, da fala, do romance, do teatro ou do engajamento, então a lembrança se impõe e captura a consciência, fazendo voltar incessantemente não o real, mas a representação de um real que os domina. 
Conclusão
Há previsões que no século XXI as exclusões vão se agravar. Quando uma criança for expulsa do seu domicílio por um problema familiar, quando for colocada numa instituição totalitária, quando a violência do Estado se estender ao planeta, quando ela for maltratada por aqueles que deveriam lhe proteger, quando uma avalanche de sofrimentos a soterrar, será preciso agir sobre todos os momentos da catástrofe: 
- o momento político para lutar contra os crimes de guerra, 
- o momento filosófico para criticar as teorias que as preparam, 
- o momento técnico para reparar os ferimentos e 
- o momento resiliente para retomar o curso da existência. 
A vida é demasiado rica para se reduzir a um discurso. É preciso escrevê-la como livro ou cantá-la... A resiliência é um processo, uma transformação através de atos e palavras, inscrever sua história numa cultura. 


***
Achei esta frase muito boa: "A slave is one who waits for someone to come and free him." Ezra Pound 
Não se deve mesmo esperar do outro, o que recebemos dele, vem quando menos se espera e só sabemos depois, quando aquilo é confirmado porque ressoa na nossa experiência.

Mirian Magia / Outubro 2010

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Meu Infinito Particular: Para fora e para dentro, movimento constante.

Meu Infinito Particular: Para fora e para dentro, movimento constante.:

Acordo alguns dias tanto para fora, doar, doar, adorar, mostrar. Saio multiplicando botões de rosas querendo vê-los virando perfumadas e li...

Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: BRASIL: NOVAS LEIS PODEM SER USADAS PARA CRIMINALI...

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 Manifestação pela redução da tarifa dos transporte públicos  do Rio de Janeiro. ©Luiz Baltar   Propostas de novas leis em discus...

Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: DIREITO A UM PADRÃO DE VIDA ADEQUADO

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 Relator Especial sobre moradia adequada como componente do direito a um padrão de vida adequado, e sobre o direito à não discriminação ne...

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 Definição A Força é descrita por Obi Wan Kenobi como "um campo de energia criado por todas as coisas vivas: ela nos cerca, nos pen...

Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: DEFENDENDO DIREITOS

Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: DEFENDENDO DIREITOS: Como muitas favelas do Rio de Janeiro, a Rocinha,  que se estende de São Conrado até a Gávea,  na afluente zona sul carioca, sofre di...

FILOSOFIA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

CIÊNCIAS

FÍSICA

segunda-feira, 14 de abril de 2014

DIREITO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA É LEI.

Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: DIREITO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA: Sr. Olivier De Schutter, (Bélgica), Relator Especial sobre o direito à alimentação, desde maio de 2008 O Relator Especial é um perito in...

Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: O QUE É DEFICIÊNCIA INTELECTUAL?

Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: O QUE É DEFICIÊNCIA INTELECTUAL?: A deficiência intelectual é a limitação do funcionamento mental A Deficiência Intelectual ou Deficiência Cognitiva é a designação que ...

Vitimologia, Psicotraumatologia e Tratamento para estresse pós-traumático, memória traumática...

MEMÓRIA TRAUMÁTICA, Boris Cyrulnik

Conferência na Universidade de Nantes - recortes da transcrição do vídeo:  
http://webtv.univ-nantes.fr/search.php?search=1&tag=boris%20cyrulnik  

TRAUMA E TRAUMATISMO 
A memória sadia é evolutiva, altera conforme as cenas, os tempos e os contextos.Entre irmãos, não relatam os mesmos pais. A expressão das suas emoções organiza um nicho sensorial que produz as respostas dos pais… Aquilo evolui. É sempre sincero ainda que se diga o contrário anos depois.  
Um traumatismo rasga a memória e a representação de si.  

Anna Freud distingue trauma de traumatismo.  
O trauma sendo o golpe, o traumatismo, a representação do golpe.  
Os humanos sofrem duas vezes, do golpe e depois para chegar à representação do golpe, toda a culpabilidade que questiona o sujeito: Por que me fez aquilo? Por que eu?  
Outra forma de sofrimento que altera a nossa memória. Um cenário que se repete:Num primeiro momento, fico estupefato, não sei o que fazer, não sei tratar esta informação, é fora do mundo, do nosso mundo, não estava preparado. Se a memória se fixar, é a síndrome psicotraumática, fico preso no passado, a memória não é mais evolutiva. O trauma fica se repetindo. Vejo a imagem constantemente. À noite, aquilo retorna em forma de pesadelos.  
É imaginar que vai sacar dinheiro no banco e alguém o ataca. Momentos de emoções intensas siderantes. O revólver é focado porque a minha vida depende dele,e vou olhar a face se falar, e farei a interpretação da mínima mímica facial. Trato a menor informação. Fico hiper atento a menor mímica facial.  
Eu que fui criança maltratada trato informações precisas. Se o polícia interroga


perguntando sobre o contexto não há nenhuma memória. A memória traumática é uma estrutura de memória ligeiramente específica. A mímica, o silêncio, a arma do crime constitui uma memória específica. A imagem fica impregnada. Conforme as perguntas serão obtidas respostas falsas ou verdadeiras. 
A memória sadia é diferente da memória traumática.

Vou fazer raciocínios evolutivos.
Se houver um traumatismo num bebê, antes da idade da palavra, antes do 20° mês.Vocês sabem que a palavra se instala entre o 20° e o 30° mês em todas as culturas. Em qualquer cultura, aprende-se língua materna sem escola, sem classes… Há um momento de avidez por essa informação, a partir das figuras com vínculos afetivos. Posso unir-me e desenvolver-me. Sou bebê e chega um trauma, estou só sem pai nem mãe, , alguém me rapta, alguém que não conheço e a solidão lança-me num precipício de terror, uito grande, essencial. A Biologia do isolamento sensorial estuda este fenômeno. Na 3ªsemana de isolamento começa o atrofia cerebral. Não pode preencher o seu mundo de representações verbais, o preenche apenas de percepções. A percepção das palavras da sua mãe é objeto sensorial que protege. É importante falar a um bebê. Quanto mais se falar a um bebê, mais o lóbulo temporal esquerdo se reduz para formar a zona da linguagem. Esculpe-se o cérebro da criança ao falar. Um bebê em isolamento sensorial vive num mundo de terror constante. Qualquer informação é um alerta que assusta. Apalavra tem um efeito afetivo. O bebê aprende muito rapidamente a reconhecer esta palavra.  
Falar a um bebê é tecer uma relação e esculpir o seu cérebro. Quando se isola um bebê, como fizeram na Romênia, as crianças eram pseudo-autistas, conforme a decisão louca do presidente perverso, isolou-se estes bebês, constatou-se a atrofiado lóbulo pré-frontal com hipertrofia da amídala. Aquilo o torna incapaz de dominaras suas emoções. Não sabe trata-las. Tem medo de tudo. Dependendo como o cérebro elabora e interpreta os acontecimentos da nossa história, o que nos acontece pode ser tomado como agressão. Percebem o mundo como potencialmente agressivo. A partir do momento em que uma criança sente como agressão, o cortisol sobe, e as células ávidas por cortisol, inflam e estouram, o que atrofia o sistema límbico. Fica-se incapaz de ter memória e emoções associadas.  
   
É uma convergência de causas que provoca um efeito ou não... Os borderlines, adolescentes tinham sido isolados no início da vida. Quando a mãe está grávida sob estresse, ela transmite algo ao bebê e o cérebro da criança é alterado. Quando se estressa a mãe, a ecografia mostra que o coração do bebê começa a bater mais rápido no mesmo momento. Já as reações são diferentes conforme o bebê. 1/3 reage dando chutes na barriga. 1/3 mexe os braços e 1/3 nem se importa. O bebê interpreta e reage diferente.  

Metodologia
Passamos do político à informação sensorial, integramos as especialidades. Podemos continuar raciocinando dessa maneira.  

Representação do tempo
A representação do tempo é necessária para se poder fazer um relato sobre si mesmo, quem sou? Não sei me apresentar. A representação do tempo pode ser alterada por um acidente da vida. A lobotomia que foi inventada por um Prêmio Nobel que dizia que para a ansiedade é necessário uma lobotomia. O lóbulo pré-frontal é a sede da representação do tempo futuro, lobotomizados não podem mais antecipar o futuro nemo passado. Não podem procurar no passado lembranças verdadeiras para fazer uma representação verbal, para organizar de forma coerente sua história, não podem antecipar, não têm mais angústia, estão felizes ao preço da humanidade.  
Há doenças que fazem isso e então podemos ver como reagem as pessoas prisioneiras do presente. Incapazes de fazer uma representação do tempo apresentado ao presente. Não podem responder por uma representação.
   
Os perversos estão presos no presente, estão cortados do tempo. Conta apenas o seu próprio prazer perverso. Os perversos pararam o seu desenvolvimento. Não se torna perverso, permanecem. As crianças até os 4 anos não têm capacidade de se descentrar de si mesmas para se colocar no lugar do outro.

Mantemos a definição de perversão de Lacan, Narciso: Só conta o meu prazer, não importa o que vai custar aos outros. Não pensam que vão arruinar a existência do outro. Não têm uma representação do outro.  

Livros tentam mostrar a teoria que estamos saindo do mundo edipiano (filiação, papai-mamãe) para um mundo narcisista (é igual ser homem ou mulher, só importa o prazer do momento), um mundo perverso que faz sofrer os outros em nome do gozo.  

A empatia, a biologia e a verbalização podem ajudar na elaboração das pequenas frustrações que produzem aprendizado, a evolução da representação dos outros.

Nos países em guerra, as crianças são adultistas. Crianças, muito cedo, devem cuidar dos pais inválidos ou depressivos. O adultismo é um sinal de parada no desenvolvimento da criança, é reação de adaptação traumática.  


O mundo adulto  
As lembranças carregam sobretudo as palavras que se associaram, com as quais se elaborou a vivência. Falar sobre uma fotografia horrível altera a maneira de senti-la.  
Quando se fica só, fica-se submetido ao contexto. Alguém que nos convide a colocar palavras às más lembranças, altera-se a representação da lembrança do nosso passado. A memória é uma reconstrução do passado.  
[Quando alguém fala, faz-se a luz.]

A guerra fornece inúmeros escritos. Suponhamos que se queira suprimir o horror da condição humana. Fecha-se o Louvre e os museus, os romances, as novelas que transformam o horror humano, fecha-se os cinemas, os teatros, não sobraria grande coisa. Vê-se que a função da arte é alterar o horror do sofrimento da condição humana.  

O sofrimento não é uma doença, é inerente à condição humana. O sofrimento é inevitável à condição humana. Não se pode dizer: estou curado, pode-se dizer: fiz algo do meu sofrimento, uma vez que pude organizar um relato, uma história, uma autobiografia, fiz uma obra de arte, dei meu testemunho, milito por uma causa, participo de um movimento, uma associação, escrevi uma poesia, se as palavras puderem dar-lhe um sentido.  
   
A memória é evolutiva e trata-se com a escrita, com a palavra, a representação, a segurança afetiva, a família, o ambiente representa um papel essencial e a cultura, sea cultura quiser bem nos dar a palavra.

domingo, 13 de abril de 2014

Processo de Humanização e Individuação do Professor pela Arte



Processo de Humanização e Individuação do Professor pela Arte


Humano vem da palavra Humanus, derivado do latim, “homem” de húmus, terra, ser terrestre. “Ser Humano” é pertencer, ter relação com o lugar, com o grupo, sentir parte. Para se sentir parte do todo, o individuo precisa ser reconhecido primeiramente como ser único, na teoria Analítica Junguiana, esse processo é chamado de Individuação.
Dentro do cotidiano, da rotina escolar, do pouco tempo, a vida moderna e contemporânea trouxe para o ser humano, principalmente para os professores uma massificação. Perdeu-se o contato com a sua história, perdeu-se o sentido que ele tem, não é compreendido como um ser humano holístico, dotado de corpo, mente emoção, espírito.  Como pode ser assim um agente de cultura? Se não é reconhecido como um ser pleno, se nem é mesmo consciente de Si mesmo.
Para tolerar a pluralidade cultural, os opostos, o Professor precisa se conhecer, precisa de um espaço para poder se expressar, colocar suas particularidades, ver sua história, ser auto reflexivo. Para Jung, o processo de Individuação se da dentro do coletivo, onde ele pode ser Ele mesmo, vivendo sua própria individualidade.
A Arte por ser uma expressão singular, expressão dotada de sonhos, história, luz e sombra ela é uma ferramenta de individualização. Nos grupos arteterapeuticos, é possível que haja a troca, a percepção do seu Ser e ao mesmo tempo da diversidade em que se encontra.  Promovendo o encontro do “Pensar” e “Sentir” pessoal ao “Sentir” e “Pensar” de um grupo, de cada particularidade cria uma roda de pertencimento, ou seja, de humanização.
Humanizar é o contrário de “coisificar”, de deixar de ser um número para ser alguém com nome, história, desejos, sonhos, tristeza, alegrias, mágoas, dores. Alguém pleno de sentido. É olhar o outro como único. E quando alguém se sente humanizado, a promoção de respeito pelo outro e pelo meio que vive é consequência, sentimos uma gota pertente ao oceano.

Aline Barcelos - Arteterapeuta


http://www.alinebarcelos.com.br/