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quinta-feira, 17 de abril de 2014

RESILIÊNCIA

Trechos relativos ao trabalho criativo em Os patinhos feios de Boris Cyrulnik

Estou maravilhada, já não estou mais sozinha trilhando a senha da resiliência! O trabalho de pesquisa que Cyrulnik efetua sobre populações afetadas por catástrofes é denso e pormenorizado, aprofunda e desenvolve os diferentes traços dos feridos, no tempo observando as diferentes estratégias de sobrevivência, tendo a criatividade e a criação como meios para lidar com o horror indizível. “Aliás, a sabedoria nos ensina que “criar” significa, na língua da Igreja, “fazer nascer do nada, trazer ao mundo uma criação que não existia antes!”  
Diante do nada, quais são as nossas escolhas? Ou nos deixamos fascinar, arrebatar pela vertigem do vazio até sentir a angústia da morte, ou nos debatemos e trabalhamos para preencher esse vazio. No início, sentimos a energia do desespero, uma vez que o vazio está vazio, mas, assim que aparecem as primeiras construções, é a energia da esperança que nos estimula e nos compele à criação para sempre, até o momento em que, no fim da vida, “morremos em plena felicidade por nossas infelicidades passadas” Karen Blixen analisa o mesmo processo de resiliência que Cioran: a pressão para a metamorfose que, graças à alquimia das palavras, dos atos e dos objetos, consegue transformar a lama do sofrimento em ouro da “criação, que é uma preservação temporária das garras da morte”. 
Vou me inserir aqui: As pessoas parecem ter medo das verdades que os feridos teriam a revelar que em suma falam de uma violação, um crime que deixou marcas, arrombou o corpo físico e a identidade. Os feridos e incompreendidos têm uma grande curiosidade intelectual para conhecer as razões que levam às brutalidades, tiranias, crueldades incompreesíveis e inomináveis para as crianças que eram, pois o Pacto do Silêncio acoberta os tiranos a nos usurpar todos os direitos, inclusive a integridade física e moral. A estratégia de culpabilização das vítimas e da transferência da dívida e da projeção da morte é completamente indigna, insana, demente e imoral... É ruptura de Pacto Social pois é o contrário do que se pode esperar, não há proteção à infância, estamos simplesmente expostos à perversidade construída milenarmente! Só o desejo deles conta, só a existência deles importa, de seres que se fazem de superiores aos outros para nos usurpar todos os direitos? Que vilania, contra crianças indefesas! Para os feridos, as artes, o auto-conhecimento, a psicologia, os processos de resiliência solitários em meio à depressão e solidão. E no deserto afetivo fazer nascer as cores, a beleza, a poesia das palavras encontrando formas de expressão da angústia da falta do Outro...
Voltando ao Cyrulnik: 
O despertar da criatividade necessita uma falta. “A criação do símbolo decorre da perda do objeto que antes trazia total satisfação.”
Compreende-se que o mito do duplo ou a magia do espelho possuam um efeito euforizante, à beira da angústia, pois é se havendo com a morte que se faz nascer uma imagem.
Reconhecer a perda até a morte e enfrenta-la para ressuscitar o amor perdido está no “berço da cultura humana”. E para que essa impressão passe da perda ao progresso, basta um pequeno gesto ou uma simples palavra que oriente a criança para a criatividade e faça nascer nela o maravilhamento da magia. 
A arte não é um lazer, é uma pressão para lutar contra a angústia do vazio... As crianças brutalizadas não têm escolha. O que elas conseguem transformar em hino à alegria é a cacofonia do desespero. É pela representação que elas tomam seu destino em mãos. O desenho toma forma narrativa em que a criança expressa e dirige a alguém seu mundo íntimo. O talento consiste em expor sua provação numa intriga engraçada. O talento supremo consiste em expor sua infelicidade com humor. Quando essa metamorfose da representação é possível, o acontecimento doloroso fará o mesmo caminho no teatro ou no desenho. O humor não é o escárnio da ironia nem a negação da agressão, nem mesmo a transformação de um sofrimento em prazer. É a memória do trauma, sua representação que se torna menos dolorosa quando o teatro, o desenho, a arte, o romance, o ensaio e o humor trabalham para construir um novo sentimento de si mesmo. 
Os torturados ou filhos de torturados reelaboram a imagem de si mesmos pela ação extrema e pela reflexão séria. Não pelo humor. A maioria das vezes engajam-se em ações militantes...
Quando os traumatizados não conseguem dominar a representação do trauma simbolizando-o através do desenho, da fala, do romance, do teatro ou do engajamento, então a lembrança se impõe e captura a consciência, fazendo voltar incessantemente não o real, mas a representação de um real que os domina. 
Conclusão
Há previsões que no século XXI as exclusões vão se agravar. Quando uma criança for expulsa do seu domicílio por um problema familiar, quando for colocada numa instituição totalitária, quando a violência do Estado se estender ao planeta, quando ela for maltratada por aqueles que deveriam lhe proteger, quando uma avalanche de sofrimentos a soterrar, será preciso agir sobre todos os momentos da catástrofe: 
- o momento político para lutar contra os crimes de guerra, 
- o momento filosófico para criticar as teorias que as preparam, 
- o momento técnico para reparar os ferimentos e 
- o momento resiliente para retomar o curso da existência. 
A vida é demasiado rica para se reduzir a um discurso. É preciso escrevê-la como livro ou cantá-la... A resiliência é um processo, uma transformação através de atos e palavras, inscrever sua história numa cultura. 


***
Achei esta frase muito boa: "A slave is one who waits for someone to come and free him." Ezra Pound 
Não se deve mesmo esperar do outro, o que recebemos dele, vem quando menos se espera e só sabemos depois, quando aquilo é confirmado porque ressoa na nossa experiência.

Mirian Magia / Outubro 2010

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Meu Infinito Particular: Para fora e para dentro, movimento constante.

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Acordo alguns dias tanto para fora, doar, doar, adorar, mostrar. Saio multiplicando botões de rosas querendo vê-los virando perfumadas e li...

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FILOSOFIA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

CIÊNCIAS

FÍSICA

segunda-feira, 14 de abril de 2014

DIREITO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA É LEI.

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Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: O QUE É DEFICIÊNCIA INTELECTUAL?

Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: O QUE É DEFICIÊNCIA INTELECTUAL?: A deficiência intelectual é a limitação do funcionamento mental A Deficiência Intelectual ou Deficiência Cognitiva é a designação que ...

Vitimologia, Psicotraumatologia e Tratamento para estresse pós-traumático, memória traumática...

MEMÓRIA TRAUMÁTICA, Boris Cyrulnik

Conferência na Universidade de Nantes - recortes da transcrição do vídeo:  
http://webtv.univ-nantes.fr/search.php?search=1&tag=boris%20cyrulnik  

TRAUMA E TRAUMATISMO 
A memória sadia é evolutiva, altera conforme as cenas, os tempos e os contextos.Entre irmãos, não relatam os mesmos pais. A expressão das suas emoções organiza um nicho sensorial que produz as respostas dos pais… Aquilo evolui. É sempre sincero ainda que se diga o contrário anos depois.  
Um traumatismo rasga a memória e a representação de si.  

Anna Freud distingue trauma de traumatismo.  
O trauma sendo o golpe, o traumatismo, a representação do golpe.  
Os humanos sofrem duas vezes, do golpe e depois para chegar à representação do golpe, toda a culpabilidade que questiona o sujeito: Por que me fez aquilo? Por que eu?  
Outra forma de sofrimento que altera a nossa memória. Um cenário que se repete:Num primeiro momento, fico estupefato, não sei o que fazer, não sei tratar esta informação, é fora do mundo, do nosso mundo, não estava preparado. Se a memória se fixar, é a síndrome psicotraumática, fico preso no passado, a memória não é mais evolutiva. O trauma fica se repetindo. Vejo a imagem constantemente. À noite, aquilo retorna em forma de pesadelos.  
É imaginar que vai sacar dinheiro no banco e alguém o ataca. Momentos de emoções intensas siderantes. O revólver é focado porque a minha vida depende dele,e vou olhar a face se falar, e farei a interpretação da mínima mímica facial. Trato a menor informação. Fico hiper atento a menor mímica facial.  
Eu que fui criança maltratada trato informações precisas. Se o polícia interroga


perguntando sobre o contexto não há nenhuma memória. A memória traumática é uma estrutura de memória ligeiramente específica. A mímica, o silêncio, a arma do crime constitui uma memória específica. A imagem fica impregnada. Conforme as perguntas serão obtidas respostas falsas ou verdadeiras. 
A memória sadia é diferente da memória traumática.

Vou fazer raciocínios evolutivos.
Se houver um traumatismo num bebê, antes da idade da palavra, antes do 20° mês.Vocês sabem que a palavra se instala entre o 20° e o 30° mês em todas as culturas. Em qualquer cultura, aprende-se língua materna sem escola, sem classes… Há um momento de avidez por essa informação, a partir das figuras com vínculos afetivos. Posso unir-me e desenvolver-me. Sou bebê e chega um trauma, estou só sem pai nem mãe, , alguém me rapta, alguém que não conheço e a solidão lança-me num precipício de terror, uito grande, essencial. A Biologia do isolamento sensorial estuda este fenômeno. Na 3ªsemana de isolamento começa o atrofia cerebral. Não pode preencher o seu mundo de representações verbais, o preenche apenas de percepções. A percepção das palavras da sua mãe é objeto sensorial que protege. É importante falar a um bebê. Quanto mais se falar a um bebê, mais o lóbulo temporal esquerdo se reduz para formar a zona da linguagem. Esculpe-se o cérebro da criança ao falar. Um bebê em isolamento sensorial vive num mundo de terror constante. Qualquer informação é um alerta que assusta. Apalavra tem um efeito afetivo. O bebê aprende muito rapidamente a reconhecer esta palavra.  
Falar a um bebê é tecer uma relação e esculpir o seu cérebro. Quando se isola um bebê, como fizeram na Romênia, as crianças eram pseudo-autistas, conforme a decisão louca do presidente perverso, isolou-se estes bebês, constatou-se a atrofiado lóbulo pré-frontal com hipertrofia da amídala. Aquilo o torna incapaz de dominaras suas emoções. Não sabe trata-las. Tem medo de tudo. Dependendo como o cérebro elabora e interpreta os acontecimentos da nossa história, o que nos acontece pode ser tomado como agressão. Percebem o mundo como potencialmente agressivo. A partir do momento em que uma criança sente como agressão, o cortisol sobe, e as células ávidas por cortisol, inflam e estouram, o que atrofia o sistema límbico. Fica-se incapaz de ter memória e emoções associadas.  
   
É uma convergência de causas que provoca um efeito ou não... Os borderlines, adolescentes tinham sido isolados no início da vida. Quando a mãe está grávida sob estresse, ela transmite algo ao bebê e o cérebro da criança é alterado. Quando se estressa a mãe, a ecografia mostra que o coração do bebê começa a bater mais rápido no mesmo momento. Já as reações são diferentes conforme o bebê. 1/3 reage dando chutes na barriga. 1/3 mexe os braços e 1/3 nem se importa. O bebê interpreta e reage diferente.  

Metodologia
Passamos do político à informação sensorial, integramos as especialidades. Podemos continuar raciocinando dessa maneira.  

Representação do tempo
A representação do tempo é necessária para se poder fazer um relato sobre si mesmo, quem sou? Não sei me apresentar. A representação do tempo pode ser alterada por um acidente da vida. A lobotomia que foi inventada por um Prêmio Nobel que dizia que para a ansiedade é necessário uma lobotomia. O lóbulo pré-frontal é a sede da representação do tempo futuro, lobotomizados não podem mais antecipar o futuro nemo passado. Não podem procurar no passado lembranças verdadeiras para fazer uma representação verbal, para organizar de forma coerente sua história, não podem antecipar, não têm mais angústia, estão felizes ao preço da humanidade.  
Há doenças que fazem isso e então podemos ver como reagem as pessoas prisioneiras do presente. Incapazes de fazer uma representação do tempo apresentado ao presente. Não podem responder por uma representação.
   
Os perversos estão presos no presente, estão cortados do tempo. Conta apenas o seu próprio prazer perverso. Os perversos pararam o seu desenvolvimento. Não se torna perverso, permanecem. As crianças até os 4 anos não têm capacidade de se descentrar de si mesmas para se colocar no lugar do outro.

Mantemos a definição de perversão de Lacan, Narciso: Só conta o meu prazer, não importa o que vai custar aos outros. Não pensam que vão arruinar a existência do outro. Não têm uma representação do outro.  

Livros tentam mostrar a teoria que estamos saindo do mundo edipiano (filiação, papai-mamãe) para um mundo narcisista (é igual ser homem ou mulher, só importa o prazer do momento), um mundo perverso que faz sofrer os outros em nome do gozo.  

A empatia, a biologia e a verbalização podem ajudar na elaboração das pequenas frustrações que produzem aprendizado, a evolução da representação dos outros.

Nos países em guerra, as crianças são adultistas. Crianças, muito cedo, devem cuidar dos pais inválidos ou depressivos. O adultismo é um sinal de parada no desenvolvimento da criança, é reação de adaptação traumática.  


O mundo adulto  
As lembranças carregam sobretudo as palavras que se associaram, com as quais se elaborou a vivência. Falar sobre uma fotografia horrível altera a maneira de senti-la.  
Quando se fica só, fica-se submetido ao contexto. Alguém que nos convide a colocar palavras às más lembranças, altera-se a representação da lembrança do nosso passado. A memória é uma reconstrução do passado.  
[Quando alguém fala, faz-se a luz.]

A guerra fornece inúmeros escritos. Suponhamos que se queira suprimir o horror da condição humana. Fecha-se o Louvre e os museus, os romances, as novelas que transformam o horror humano, fecha-se os cinemas, os teatros, não sobraria grande coisa. Vê-se que a função da arte é alterar o horror do sofrimento da condição humana.  

O sofrimento não é uma doença, é inerente à condição humana. O sofrimento é inevitável à condição humana. Não se pode dizer: estou curado, pode-se dizer: fiz algo do meu sofrimento, uma vez que pude organizar um relato, uma história, uma autobiografia, fiz uma obra de arte, dei meu testemunho, milito por uma causa, participo de um movimento, uma associação, escrevi uma poesia, se as palavras puderem dar-lhe um sentido.  
   
A memória é evolutiva e trata-se com a escrita, com a palavra, a representação, a segurança afetiva, a família, o ambiente representa um papel essencial e a cultura, sea cultura quiser bem nos dar a palavra.

domingo, 13 de abril de 2014

Processo de Humanização e Individuação do Professor pela Arte



Processo de Humanização e Individuação do Professor pela Arte


Humano vem da palavra Humanus, derivado do latim, “homem” de húmus, terra, ser terrestre. “Ser Humano” é pertencer, ter relação com o lugar, com o grupo, sentir parte. Para se sentir parte do todo, o individuo precisa ser reconhecido primeiramente como ser único, na teoria Analítica Junguiana, esse processo é chamado de Individuação.
Dentro do cotidiano, da rotina escolar, do pouco tempo, a vida moderna e contemporânea trouxe para o ser humano, principalmente para os professores uma massificação. Perdeu-se o contato com a sua história, perdeu-se o sentido que ele tem, não é compreendido como um ser humano holístico, dotado de corpo, mente emoção, espírito.  Como pode ser assim um agente de cultura? Se não é reconhecido como um ser pleno, se nem é mesmo consciente de Si mesmo.
Para tolerar a pluralidade cultural, os opostos, o Professor precisa se conhecer, precisa de um espaço para poder se expressar, colocar suas particularidades, ver sua história, ser auto reflexivo. Para Jung, o processo de Individuação se da dentro do coletivo, onde ele pode ser Ele mesmo, vivendo sua própria individualidade.
A Arte por ser uma expressão singular, expressão dotada de sonhos, história, luz e sombra ela é uma ferramenta de individualização. Nos grupos arteterapeuticos, é possível que haja a troca, a percepção do seu Ser e ao mesmo tempo da diversidade em que se encontra.  Promovendo o encontro do “Pensar” e “Sentir” pessoal ao “Sentir” e “Pensar” de um grupo, de cada particularidade cria uma roda de pertencimento, ou seja, de humanização.
Humanizar é o contrário de “coisificar”, de deixar de ser um número para ser alguém com nome, história, desejos, sonhos, tristeza, alegrias, mágoas, dores. Alguém pleno de sentido. É olhar o outro como único. E quando alguém se sente humanizado, a promoção de respeito pelo outro e pelo meio que vive é consequência, sentimos uma gota pertente ao oceano.

Aline Barcelos - Arteterapeuta


http://www.alinebarcelos.com.br/

Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: DIREITO A UM PADRÃO DE VIDA ADEQUADO

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Relator Especial sobre moradia adequada como componente do direito a um padrão de vida adequado, e sobre o direito à não discriminação ne...

Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: DIREITO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA

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Sr. Olivier De Schutter, (Bélgica), Relator Especial sobre o direito à alimentação, desde maio de 2008 O Relator Especial é um perito in...

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Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: LÍNGUA PORTUGUESA

Nós da Net Brasil Associação Cultural de Ensino & Pesquisa: LÍNGUA PORTUGUESA: Em Construção!! Obrigado pelo Acesso. Em breve traremos excelente conteúdos  Para Você.

MATEMÁTICA



Em Construção!!
Obrigado pelo Acesso.
Em breve traremos excelente conteúdos 

Para Você.


LÍNGUA PORTUGUESA



Em Construção!!
Obrigado pelo Acesso.
Em breve traremos excelente conteúdos 

Para Você. 


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Significado de Ética

O que é Ética:

Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter.

Num sentido menos filosófico e mais prático podemos compreender um pouco melhor esse conceito examinando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos referimos por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais tais como um médico, jornalista, advogado, empresário, um político e até mesmo um professor. Para estes casos, é bastante comum ouvir expressões como: ética médica, ética jornalística, ética empresarial e ética pública.

A ética pode ser confundida com lei, embora que, com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Porém, diferente da lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; mas a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas pela ética.

A ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada à vertentente profissional. Existem códigos de ética profissional, que indicam como um indivíduo deve se comportar no âmbito da sua profissão. A ética e a cidadania são dois dos conceitos que constituem a base de uma sociedade próspera.
Ética e Moral
Ética e moral são temas relacionados, mas são diferentes, porque moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos e a ética, busca fundamentar o modo de viver pelo pensamento humano.

Na filosofia, a ética não se resume à moral, que geralmente é entendida como costume, ou hábito, mas busca a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver; a busca do melhor estilo de vida. A ética abrange diversos campos, como antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, política, e até mesmo educação física e dietética.

Ética no Serviço Público
O tema da ética no serviço público está diretamente relacionada com a conduta dos funcionários que ocupam cargos públicos. Tais indivíduos devem agir conforme um padrão ético, exibindo valores morais como a boa fé e outros princípios necessários para uma vida saudável no seio da sociedade.

Quando uma pessoa é eleita para um cargo público, a sociedade deposita nela confiança, e espera que ela cumpra um padrão ético. Assim, essa pessoa deve estar ao nível dessa confiança e exercer a sua função seguindo determinados valores, princípios, ideais e regras. De igual forma, o servidor público deve assumir o compromisso de promover a igualdade social, de lutar para a criação de empregos, de desenvolver a cidadania e de robustecer a democracia. Para isso ele deve estar preparado para pôr em prática políticas que beneficiem o país e a comunidade a nível social, econômico e político.

Um profissional que desempenha uma função pública deve ser capaz de pensar de forma estratégica, inovar, cooperar, aprender e desaprender quando necessário, elaborar formas mais eficazes de trabalho. Infelizmente os casos de corrupção no âmbito do serviço público são fruto de profissionais que não trabalham de forma ética.

Ética Imobiliária
A ética no ramo imobiliário diz respeito à forma como os agentes ou corretores imobiliários interagem com os possíveis clientes.

No mercado imobiliário, um dos valores mais importantes é a credibilidade, que é um valor que se conquista trabalhando de forma ética. Muitos agentes imobiliários forçam uma venda ou um imóvel, sendo que muitas vezes escondem detalhes que sabem que irão prejudicar o cliente no futuro. Trabalhar de forma ética é pensar no bem comum e deixar o individualismo para trás. O profissional deve procurar a satisfação mútua das partes. Quando um negócio é conduzido e fechado e forma ética, a probabilidade da fidelização do cliente é muito maior.

O mundo imobiliário lida com mercadorias intangíveis, como a ética, o bom senso, a criatividade, o profissionalismo, o conhecimento do produto, etc. Desta forma, um agente imobiliário inteligente, profissional e ético atua com justiça e decência, sabendo que o âmago da sua profissão não é lidar com imóveis e sim construir relações saudáveis e tornar sonhos em realidade.

O empresário Fábio Azevedo afirma que: "Para vender com ética, primeiro, venda para você mesmo, depois compre de você mesmo, se você ficar satisfeito, estará no caminho."

Ética a Nicômaco
O livro intitulado "Ética a Nicômaco" é da autoria de Aristóteles e foi dedicado ao seu pai, cujo nome era Nicômaco. Esta é a principal obra de Aristóteles sobre Ética e é constituída por dez livros, onde Aristóteles é como um pai que está preocupado com a educação e felicidade do seu filho, mas também tem por objetivo fazer com que as pessoas pensem sobre as suas ações, colocando assim a razão acima das paixões, procurando a felicidade individual e coletiva, porque o ser humano vive em sociedade e as suas atitudes devem ter em vista o bem comum. Nas obras aristotélicas, a ética é vista como parte da política que precede a própria política, e está relacionada com o indivíduo, enquanto que a política retrata o homem na sua vertente social.

Para Aristóteles, toda a racionalidade prática visa um fim ou um bem e a ética tem como propósito estabelecer a finalidade suprema que está acima e justifica todas as outras, e qual a maneira de alcançá-la. Essa finalidade suprema é a felicidade, e não se trata dos prazeres, riquezas, honras, e sim de uma vida virtuosa, sendo que essa virtude se encontra entre os extremos e só é alcançada por alguém que demonstre prudência.

Esta obra foi muito importante para a história da filosofia, uma vez que foi o primeiro tratado sobre o agir humano da história.

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quarta-feira, 9 de abril de 2014

O que é força e qual sua extensão de acordo com a filosofia.?

Definição
A Força é descrita por Obi Wan Kenobi como "um campo de energia criado por todas as coisas vivas: ela nos cerca, nos penetra; ela mantém a galáxia coesa; Ela provém de tudo; Ela é tudo." A Força é vida, e vida é Força. Alguns pensam na Força como uma entidade sensível, dotada de pensamento inteligente — quase como se fosse um tipo de Deus — enquanto outros consideram-na algo que pode ser manipulado e usado simplesmente como se fosse uma ferramenta.

São variadissimos os conceitos entre os pensadores filosóficos, mas estamos nos identificando mesmo que, tênuemnente com o que podemos chamar de existencialismo, ou seja, que a força nada mais é do que a estabelecida pela realidade vivida pelos indivíduos em seus segmentos sociais: Toda força então é apropriação, exploração de uma parte dessa realidade. Assim, podemos perceber que as expressões de forças se apropriam na natureza e que essa natureza em seus aspectos diversos tem uma história construída através de uma sucessão de forças que lutam entre sí para dela se apoderar. 

A história de uma coisa é então a variação dos sentidos ou mesmo, a alternância dos fenômenos de dominação mais ou menos violentos. O sentido de uma coisa. muito singularmente defendido é uma questão do olhar, do avaliar e do sentir, com uma proposição de que o sentido de algo está em que, toda subjugação ou dominação, equivale simplesmente a uma interpretação nova. 

Extensão da força
Onde ela pode atuar, onde podemos vê-la e imagina-la, senti-la e alterar. Em outras palavras, tudo o que nossa percepção nota e nossa materealidade muda.

Origem
A Força contém muitas semelhanças com princípios filosóficos e religiosos existentes. O conceito pode ser devido à força ódica do Barão Karl von Reichenbach. Muitos a relacionam aos conceitos de Ki (também chamado "chi" na China, Japão e Coreia), Prana (Índia), Mana (Polinésia) e outras tradições semelhantes que focalizam em torno da ideia de uma energia espiritual existente dentro do universo. Com o Taoísmo, o foco primário de Star Wars origina-se na ideia de Yin e Yang — as duas forças que mantém o universo em equilíbrio. Tudo, do bem e mal (como conceitos metafísicos) até temperaturas altas e baixas são consideradas como parte disto, e é aqui que vemos a comparação mais proeminente aos lados claro e escuro da Força de Star Wars. Mas, deve ser notado também, que ela é semelhante a filosofia taoísta mas com menor dicotomia e com mais necessidade de equilíbrio (visto na filosofia do balanceamento da Força). O modo Jedi de serenidade e paz é muito parecida com as virtudes pregada nos cinco pilares do Islamismo. Isto também se reflete no Templo Jedi que consiste em cinco pináculos, ou pilares.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

DIREITO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA

Sr. Olivier De Schutter, relator especial sobre o direito à alimentação ©
Sr. Olivier De Schutter, (Bélgica), Relator Especial sobre o direito à alimentação,
desde maio de 2008
O Relator Especial é um perito independente nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos para examinar e informar sobre a situação do país ou um tema específico de direitos humanos. Esta posição é honorário eo especialista não é um pessoal das Nações Unidas, nem pago para sua / seu trabalho.
Desde 1979, os mecanismos especiais foram criados pelas Nações Unidas para examinar situações específicas de cada país ou temas de uma perspectiva de direitos humanos. A Comissão das Nações Unidas sobre Direitos Humanos, substituída pelo Conselho de Direitos Humanos em junho de 2006, determinou especialistas para estudar determinados temas de direitos humanos. Esses especialistas constituem o que são conhecidos como os mecanismos das Nações Unidas de direitos humanos ou mandatos, ou o sistema de procedimentos especiais.
Para mais informações sobre os relatores especiais, por favor consulte:http://www.ohchr.org/Documents/Publications/FactSheet27en.pdf

O direito humano à alimentação

Para o relator especial, o direito à alimentação é o direito de ter acesso regular, permanente e irrestrito, seja diretamente ou por meio de aquisições financeiras, a quantitativa e qualitativamente adequada e suficiente alimento correspondente às tradições culturais do povo a que o consumidor pertence, e que garantem uma vida física e mental, individual e coletiva, digna e livre do medo.
Esta definição está de acordo com os elementos centrais do direito à alimentação como definidos pelo Comentário Geral n º 12 do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas (o órgão encarregado de monitorar a implementação do Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais naqueles estados que são partes dela). A Comissão declarou que "o direito à alimentação adequada realiza-se quando cada homem, mulher e criança, sozinho ou em comunidade com outros, tem acesso físico e econômico em todos os momentos, à alimentação adequada ou meios para sua aquisição. O direito à alimentação adequada não deverá, portanto, ser interpretada em sentido estrito ou restritivo que equivale-lo com um pacote mínimo de calorias, proteínas e outros nutrientes específicos. O direito à alimentação adequada terá que ser realizado de forma progressiva.No entanto, os Estados têm a obrigação de núcleo para tomar as medidas necessárias para mitigar e aliviar a fome, mesmo em tempos de desastres naturais ou outros.

As obrigações dos Estados
A natureza das obrigações legais dos Estados Partes são estabelecidas no artigo 2 º do Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC).
O Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, em seu Comentário Geral n º 12 também definiu as obrigações que os Estados Partes têm de cumprir, a fim de implementar o direito à alimentação adequada a nível nacional. Estes são como se segue:
  • A obrigação de respeitar o acesso existente à alimentação adequada requer que os Estados partes não tomar quaisquer medidas que resultem na prevenção de tal acesso;
  • A obrigação de proteger requer medidas por parte do Estado para garantir que as empresas ou indivíduos não privem as pessoas de seu acesso à alimentação adequada;
  • A obrigação de cumprir ( facilitar) significa que o Estado deve participar pró-ativamente em atividades destinadas a fortalecer o acesso da população e utilização dos recursos e meios para garantir a sua subsistência, incluindo a segurança alimentar;
  • Sempre que um indivíduo ou grupo é capaz, por razões alheias à sua vontade, para apreciar o direito à alimentação adequada pelos meios à sua disposição, os Estados têm a obrigação de cumprir (fornecer) o direito diretamente. Esta obrigação aplica-se também para as pessoas que são vítimas de desastres naturais ou outros.
Enquanto todos os direitos estabelecidos pelo Pacto são destinadas a ser alcançado através de realização progressiva, os Estados têm algumas obrigações mínimas essenciais que são de efeito imediato. Eles têm a obrigação de abster-se de qualquer discriminação no acesso aos alimentos, bem como aos meios e direitos para sua aquisição, por motivos de raça, cor, sexo, língua, idade, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, a propriedade, nascimento ou qualquer outra situação. Unidos são ainda proibidos de tomar medidas regressivas, ou seja, medidas deliberadas que resultam na degradação do nível atual de realização do direito à alimentação.
O Pacto requer que os Estados tomem todas as medidas necessárias para garantir que todos estejam livres da fome e, logo que possível pode desfrutar do direito à alimentação adequada, mas eles têm uma margem de discricionariedade na escolha das formas e meios de implementação do direito à alimentação adequada . Finalmente, os Estados têm de garantir a satisfação do nível mínimo essencial necessário para estar livre da fome.

Execução do mandato do Relator Especial
O mandato do relator especial sobre o direito à alimentação foi originalmente criado pela Comissão de Direitos Humanos, em abril de 2000 pela resolução 2000/10 . Após a substituição da Comissão pelo Conselho de Direitos Humanos em junho de 2006, o mandato foi aprovado e prorrogado pelo Conselho de Direitos Humanos pela sua resolução 6/2 , de 27 de setembro de 2007. Para mais informações sobre a história do mandato, por favor consulte o seguinte link: Visão geral do mandato .
O Relator Especial implementa o mandato através de diferentes meios e atividades.Conforme designado pelos diferentes resoluções relacionadas ao mandato:
O Relator Especial apresenta relatórios anuais ao Conselho de Direitos Humanos e à Assembléia Geral sobre as atividades e estudos realizados na visão da execução do mandato (ver relatórios anuais );
Ele / Ela monitora a situação do direito à alimentação em todo o mundo. Ele / ela identifica tendências gerais relacionadas com o direito à alimentação e compromete-se visitas aos países que fornecem o Relator Especial com um relato em primeira mão sobre a situação relativa ao direito à alimentação em um país específico (Veja visitas País ;
Ele / Ela se comunica com os Estados e outras partes interessadas no que diz respeito a alegados casos de violações do direito à alimentação (Veja queixas individuais ) e outras questões relacionadas com a sua / seu mandato;
Ele / Ela promove a plena realização do direito à alimentação através do diálogo com os actores relevantes através da participação em seminários, conferências, reuniões de peritos.

Os principais elementos do direito à alimentação adequada

- Disponibilidade : Os alimentos devem estar disponíveis a partir de recursos naturais, quer através da produção de alimentos, através do cultivo da terra ou pecuária, ou através de outras formas de obtenção de alimentos, como a pesca, a caça ou coleta. Por outro lado, isso significa que os alimentos devem estar disponíveis para venda em mercados e lojas.
Acessibilidade : o acesso físico e económico aos alimentos deve ser garantida. Acessibilidade econômica significa que o alimento deve ser acessível. Os indivíduos devem ser capazes de suportar o alimento para uma dieta adequada, sem comprometer a quaisquer outras necessidades básicas, tais como mensalidades escolares, medicamentos ou aluguel. Acessibilidade física significa que os alimentos devem ser acessíveis a todos, incluindo ao fisicamente vulneráveis, como as crianças, os doentes, pessoas com deficiência ou idosos. O acesso aos alimentos também deve ser garantida às pessoas em áreas remotas e às vítimas de conflitos armados ou desastres naturais, bem como a prisioneiros.
Adequação : Os alimentos devem satisfazer as necessidades alimentares, tendo em conta a idade do indivíduo, condições de vida, saúde, ocupação, sexo, etc Os alimentos devem ser seguros para o consumo humano e livre de substâncias adversas. Uma alimentação adequada também deve ser culturalmente aceitável.
Sustentabilidade : O alimento deve ser acessível tanto para as gerações presentes e futuras.
Para saber mais sobre os principais conceitos sobre o direito à alimentação, veja: